Pular para o conteúdo

Edição 23 – Especial – 2022

Apresentação

Este número traz um dossiê com artigos feito para o V Colóquio Internacional de História da África “Missionação, Agências e Sujeitos Históricos” que aconteceu entre 28 e 30 de abril de 2021. Nesta quinta edição do evento a proposta foi discutir a cooperação para a multiplicação de pesquisas e novas perspectivas sobre o conhecimento da história da África colonial e pós-colonial. Dentro da tradição multidisciplinar Jefferson Olivatto Silva apresenta artigo que versa sobre a resistência africana a partir do Movimento Lumpa de Alice Lenshina da Zâmbia que mediou prática culturais e o cristianismo passado pela igreja presbiteriana e escocesa que resultou na United Church of Central Africa. Jéssica Evelyn Pereira dos Santos analisa a obra etnográfica de Wilfrid D. Hambly e Gladwyn Murray Childs que estudaram as sociedades do planalto central de Angola em pleno período colonial e da delimitação do campo antropológico.

Já Anselmo Otávio apresenta suas reflexões sobre o discurso o The African Renaissance, South Africa and the World proferido pelo vice-presidente da África do Sul, Thabo Mbeki feito em 1998 que traz uma nova perspectiva política do África do Sul e sobre os países africanos que representa um período de transformação. As ações de violência como armas de guerra são o tema do artigo de Danielle C. Fuschilo e Letícia M. Dutra que analisam o estupro feminino durante a Guerra de Ruanda (1990-1994), conflito étnico que ocorreu entre Tutsis e Hutus. Buscando compreender o papel da política externa chinesa.

Em artigo, Vitória C. Oliveira busca entender as ações do país na Cooperação Sul-Sul em especial nas relações diplomáticas com o Djibouti. Laurindo Paulo R. Tchinhama desenvolve uma reflexão sobre as medidas políticas e sanitárias implementadas pelos Estados africanos no enfrentamento da covid-19 apontando o histórico de experiências de combate a outras endemias e pandemias que acometeram os países africanos. Tamires S. Paula analisa a partir do diário de missão do padre Graciano Castellari, sua trajetória e permanência na missão nos períodos de fim do colonialismo em Moçambique mesmo no pós- independência (1975-1992). Finalmente Bruna C. Reynals e Júlia M. Lima apresentam a entrevista com o Arcebispo Dom Luís que viveu na província de cabo Delgado, ao norte de Moçambique onde ele relata os acontecimentos da guerra em Moçambique comentando os aspectos que resultaram no conflito e o sequestro das irmãs religiosas por grupos insurgentes. Esperamos que esta rica diversidade de artigos possa estimular e proporcionar debates e ao leitor e pesquisadores da área das Ciências Humanas.

Boa leitura a todos

Profa. Lúcia Helena Oliveira Silva (UNESP-Assis)

Profa. Patricia Teixeira Santos (UNIFESP- SP)